Maria Olenes Xavier da Silva

 
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Maria cuidava com amor materno. Foi assim com seus seis irmãos em Ribeira do Pombal, na Bahia, sozinhos enquanto a mãe trabalhava em um hospital. A menina aprendera a função na prática e na necessidade, e seguiu por décadas tratando-os como se ainda pequenos fossem. Repetiria a dose com os dois filhos e por fim com a única neta. Eram todos as suas crianças.

A rotina do interior baiano, dividida entre os cuidados aos irmãos e as tarefas diárias, consumiu sua infância. Mas na adolescência houve tempo para curtir os bailes da cidade. Na década de 90 rumou para São Paulo atrás de emprego, por lá ficaria.

Dona Elza, uma amiga que a acolheu na cidade como filha, lhe apresentou a Francisco, o homem que viria a ser seu marido. Da boa relação deles surgiriam os filhos Naiara e Diego, de quem cuidou em casa com dedicação, preparada para ver faltar para si, mas não para eles. Foi tida por ambos como a melhor mãe que alguém poderia querer. O esposo sustentava a todos como operador de máquinas.

Quando chegou a neta, Mariana, cuidou também dela como filha até seus últimos dias de vida. Sua alegria e maior passatempo era passear com a família. E era característica sua um otimismo inabalável, incapaz de se deixar abater pelo que fosse. “Ela é um exemplo do que Deus quer que sejamos aqui na Terra”, afirma a filha Naiara. Conseguiu na base do esforço e determinação realizar o sonho de ter a própria casa e também de ajudar os irmãos e a mãe, enquanto ela viveu.

Maria sofria de uma doença renal crônica e há oito anos fazia hemodiálise. Um rim doado por um dos irmãos chegou a ajudar por um par de anos, mas a situação complicou-se depois. Já dentro da rotina hospitalar, contagiava os médicos e enfermeiros com seu brilho e alegria. E nunca demonstrou fraqueza, apesar de tudo o que sofrera e das dores que sentia. Foi um modelo para os seus

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