Maria Aparecida Soares

 
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A vida de Maria Aparecida foi de constante luta, da infância sofrida em Guarulhos, passando pelo casamento difícil até a longa batalha contra o câncer ao fim. Nessas situações, e em muitas outras, foi a fé e a determinação de não desistir, de ser forte, que a manteve em movimento, um exemplo para os seus.

Perdera os pais cedo e na casa do irmão mais velho e da cunhada não encontrara o amor que a deixou. Outros dois irmãos também viveram lá. Ainda jovem passou a trabalhar em uma Olaria, parte necessidade financeira, parte necessidade de independência, de ser dona dos próprios passos.

Jorge surgiu pouco depois, vizinho de casa. Juntos tiveram três filhos, Adriana, Washington e Lígia. Mas do relacionamento as lembranças que permaneceram foram também de sofrimento. Sob feito do álcool ele ficava violento, e Maria Aparecida protegia as crianças nesses momentos. Resistiu 21 anos, mas quando elas estavam crescidas separou-se definitivamente. 

Trabalhava na Trifil e após a separação viveria para os filhos e netos. Foi zelosa, carinhosa e protetora como mãe e avô. E teve a sorte de conhecer seis netos - Letícia, Bruno, Caio, Eduardo, Gabrielly e Maria Luíza - e um bisneto, Yuri.

A igreja era seu hobbie e refúgio, onde foi diaconisa quando a saúde ainda permitia. Lá reforçava a fé e encontrava os amigos conquistados com o jeito aberto, carinhoso e alegre. Manteve-se assim desde sempre, e guerreira como de costume enfrentou uma batalha de 18 anos contra o câncer.

A doença era curada em um local, mas reincidia em outro, um teste para sua resiliência e fé. As suas quase duas décadas de sobrevida foram testemunho da vontade inabalável de viver e da maior lição que deixou aos seus: nunca desistir.

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