Josefina Rosa de Lima da Silva

 
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Josefina ficou maravilhada ao descortinar frente a seus olhos aquela vista privilegiada de Guarulhos, cidade onde estabelecera-se com o marido e os dois filhos após a vinda de Quebrangulho, Alagoas. O prédio da antiga Telesp era então um dos mais altos do município e ela fora a única funcionária a receber autorização para tirar uma foto no terraço. Carregaria na memória essa honra e presente até o fim da vida. 

Deixara o Nordeste e a vida dificil na roça, onde ajudara os pais no cuidado com os animais e nas plantações dos donos da terra onde morava com mais cinco irmãos e uma irmã. Ainda jovem conheceu o marido, Pedro, em uma  propriedade vizinha. As festas onde se encontravam para conversar e dançar eram um dos poucos respiros daquela rotina extenuante. 

Criaram os filhos, Izaque e Ezequias, em São Paulo, onde passou a trabalhar como faxineira. Pedro seria servente de pedreiro, pedreiro e segurança. E assim criariam as crianças, para quem Josefina foi mãe presente. Carinhosa, não perdia a chance de demonstrar o amor que sentia pelos dois. 

Foi uma mãe sempre presente na vida deles - carinhosa, demonstrava o amor que sentia por eles. Foi assim também com seus seis netos, Priscila, Alyne, Dayane, Pamela, Milena e Eduardo, e com os bisnetos, Mikaelly e Felipe. 

Josefina era dona de uma personalidade forte, mas mantinha um coração doce, pronto a socorrer quem precisasse. Gostava de passar o tempo assistindo televisão, indo à igreja, ouvindo louvores. Sua fé seguiu inabalada, clara e sólida mesmo quando todo o resto pareceu apagar-se em névoa. 

Enquanto o Alzheimer que a acometeu foi paulatinamente apagando memórias e feições familiares até avançar sobre o entendimento e percepção de si e do entorno, a imagem de Deus não esvaneceu. E Josefina deixou como lição a trajetória de uma mulher trabalhadora e lutadora que amou filhos, netos e bisnetos, sua família e a das suas noras. E que lutou até o último minuto e deixou saudade.

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