Isabel Cristina Cruz Freitas Floriani
Era marcante e única a maneira como Isabel expressava o seu amor pelas pessoas. Doce, sem esperar absolutamente nada em troca, incondicionalmente. Era convicção sua não guardar mágoas de quem fosse, perdoar as pessoas e ter uma atitude mais positiva em relação à vida. Isso incluía lidar com os problemas de frente, sem fugir deles, e tentar ser melhor sempre.
Lembrava de uma infância feliz ao lado dos 11 irmãos em Barra do Corda, no interior do Maranhão, apesar do temperamento difícil do pai. E divertia-se contando o causo de quando ainda pequena conseguiu dobrá-lo. Estava na iminência de apanhar, como ocorria ocasionalmente consigo e com os irmãos, quando ofereceu um chocolate para escapar do castigo. O evidente absurdo da negociação provocou risos no pai, desarmando os ânimos.
Aos 18 embarcava em uma avião com destino a São Paulo, em busca de maiores horizontes e trabalho. E foi no serviço, na padaria Java, que conheceu Juvêncio, futuro marido. Construíram juntos uma relação de amor e companheirismo e tiveram duas filhas, Georgeane e Giuliane.
Isabel cuidava da casa enquanto Juvêncio trabalhava como gerente em um restaurante. Para suas meninas foi a melhor mãe que poderia ter sido. Carinho, cuidado e preocupação com os míninos detalhes e com a felicidade delas não faltaram naquele lar. Hospitaleira, gostava de olhar por esse reino seu, de cozinhar todo tipo de comida, de almoços a sobremesas. Vivia buscando receitas novas.
A distração encontrava no artesanato ou no que mais mexesse com sua criatividade. Já o jeito brincalhão e engraçado era das características mais marcantes. Isabel alimentou vários sonhos, entre eles o de ver seus irmãos unidos.
Partiu após uma piora inesperada em meio a um tratamento médico. Deixou lições para uma vida inteira.