Antonio Guilherme da Silva

 
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Guilherme não teve muitos brinquedos durante sua infância em Acopiara, no Ceará, cercado por 11 irmãos. Mas os carrinhos, motos, helicópteros e caminhões que faltaram naquele tempos simples vieram multiplicados na idade adulta. Tornou-se colecionador dos pequenos objetos e até construiu um móvel expositor para guardá-los. Se o desejo infantil reprimido encontrou eco e vazão no pragmatismo da vida, o mesmo não ocorreu com outro sonho: pagaria as contas, mas não como caminhoneiro.

Depois de desembarcar do pau de arara em São Paulo com apenas 15 anos, o menino nascido Antonio Guilherme da Silva teve várias ocupações. Foi pedreiro na maior parte desse tempo, mas também copeiro em uma padaria e até funcionário de manutenção em um hotel. O mesmo lugar onde conheceu Adriana.

A camareira estava separada há tempos e, aos 45, tinha quatro filhos crescidos. Quatro anos mais moço, ele se viu apaixonado como nunca. Tornou-se um padrasto tranquilo e prestativo para Angela, Afonso, Andressa e Alex, sempre disposto a ajudar. Risonho e brincalhão, foi um avô divertido para as netas Julia e Nicole, e adorado por elas. 

Na outra ponta do espectro da sua personalidade podia ser curto e grosso, mais direto. Gostava de falar francamente, sem rodeios, e esperava o mesmo dos outros. Relaxava cuidando da sua coleção de carrinhos ou indo pescar.

Partiu jovem, após ser atropelado por um carro quando voltava para casa. Encontrou leveza e felicidade na simplicidade de ser.

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