Ana Maria Rocha Santana

 
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Ana Maria estava pagando por um cruzeiro quando partiu. Apaixonada por viagens planejara passar o seu aniversário no oceano visitando lugares lindos. Afinal, nunca esquecera os passeios a Arraial do Cabo e São Tomé das Letras. Viajar era o seu grande hobbie e passatempo favorito, e amava estar na natureza, fosse na praia ou no campo.

Crescera em Juçari, na Bahia, em casa sob os cuidados de Maria de Fátima, irmã mais velha, enquanto a mãe, Maria, trabalhava na roça com alguns dos filhos. Foi mãe cedo, aos 15, mas o menino Fabiano foi criado também por Maria.

Quando chegou a São Paulo, aos 18, já estava casada com Delson e trazia consigo a filha, Jéssica. Eles se conheceram dois anos antes em uma festa e depois disso não se desgrudaram mais. Ivone, cunhada dele, já os esperava com um emprego.

Trabalhariam por duas décadas juntos na cozinha de uma empresa. Ele até falecer e ela até se aposentar. Unidos, em casa revezavam no fogão, ambos habilidosos. A especialidade de Ana Maria era o cuscuz paulista.

Era muito comunicativa e gostava de fazer amigos, de conversar com todos. Mas também sabia, e precisava, ser sincera nas amizades. Quando não gostava de alguém fazia questão de deixar claro e de nada adiantavam intervenções de toda sorte. Era baixinha, e ocasionalmente brabinha também.

Ana Maria um dia sentiu uma dor de estômago e após o mal súbito e a internação infartou no hospital. Lindinha, apelido dado por um namorado mais recente, partiu cedo, mas soube viver o tempo dado a si.

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