Armando Roque

 
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A passagem de Armando Roque por aqui foi definida pela estabilidade, tal qual uma rocha, para ele e para o seu entorno. O jeito sério combinava com isso, com o longevo casamento de décadas, com o emprego na metalúrgica que sustentou seu lar da juventude até a aposentadoria e além, com a casa que o abrigou, a mesma desde que pisou em São Paulo. Gostava de fazer tudo certo, mania de homem às antigas. E da segurança que emanava fez morada aos seus amados.

Viera cedo de Itu para São Paulo moço aos 22, mas já carregando a responsabilidade de provedor, recém-casado com Elydia. Foram colegas na Fábrica São Pedro, uma tecelagem local, e Armando rumou para a cidade grande atrás de emprego e de casa para a futura família.

Foram três os filhos do casal: Vanderli Aparecida, Gilson Valci e Gerson Roberto. Foi uma pai respeitador e sempre pronto para auxiliar. Com o trabalho e o suor de uma vida, deu uma casa para cada um deles. Ajudar na medida das suas possibilidades fazia parte de quem era. Muito requisitado para resolver pequenos serviços domésticos, fazia com prazer, sabedor do próprio talento.

A personalidade forte, também sujeita a explosões pontuais, era contida por uma mente inteligente e por um impulso honesto e trabalhador. Ficava no batente o dia inteiro, mas quando sobrava tempo gostava de ver o seu Palmeiras jogando, e principalmente vencendo, na TV. 

Se não era de passeios, saía muito para o mercado, para o açougue e para visitar seus filhos e andar de bicicleta com as netas Maria Luiza e Eliane. Também foi avô de Fernanda, Priscila e Bruna; e teve a sorte de conhecer os bisnetos Maria Eduarda, Rafael e Gabriel. 

Armando já contava 91 anos de uma vida longa e plena e, debilitado, já não caminhava sozinho. Enquanto resistia à doença de Parkinson que o acompanhava e lutava contra um câncer de próstata, teve o infato derradeiro. Partiu o homem sólido, porto seguro para a família. Uma rocha.

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